PINTURA CORPORAL NO CLUB FELT EM BOSTON - USA
MODELOS: NATH MACHADO E KELLEN
CONCEITO: TROPICAL TWINS - GEMEAS TROPICAIS
ARTISTAS:ANDREZA MOON E MJ
CLIENTES: SUGAR BABIES E CLUB FELT
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
PINTURA CORPORAL - CLUB FELT - BOSTON USA
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CLOWN HISTORY - FELIX ADLER
Felix Adler (June 17, 1895 - February 1, 1960) - The White House Clown, King of Clowns
Inducted into the Clown Hall of Fame in 1989.
Felix Adler grew up on a small farm outside of Clinton, Iowa, with his father Joseph and mother Nettie. Some accounts state that he left home and went to join Ringling Brothers Circus at the age of ten or thirteen (accounts differ), although his sister disputes them. In December of 1910, he dropped out of school and a local pharmacist whom he worked for sent him to a Chicago Pharmacist College; instead he started on a career in show business. He later moved to vaudeville, billed as "The Gloom Dispeller" before joining up with the Ringling Brothers.
John Ringling refused to allow him to begin clowning until he had received basic training in other fields, such as working with a Chinese acrobatic team. His clumsiness and blunders turned him into a white face clown in a very short time. During his early years with the circus, Felix stayed close to the clowns as much as possible, in order to study their mannerisms, acts and costumes. He was a perfectionist in comedy and researched what made people laugh.
Felix Adler drifted in and out of the circus, completing work at Iowa State College and serving in World War I, where he served as a mess sergeant at Camp Dodge in World War I. During this time, he and his pet rooster, often entertained the troops, but he looked forward to returning to the circus and after the war he returned to Ringling Bros. for the duration of his career. For 28 years, from 1919 to 1946, Felix Adler never missed a performance
With the Ringling Brothers Circus, Felix waddled the rings in a droopy clown suit with padded hips and rear end. He had a jewel in his nose, wore tiny hats, carried a tiny umbrella and was followed by a piglet which he trained to climb a small ladder and slide down a greased slide to receive milk from a baby bottle as a reward. These pigs made their debut only after intensive training from Felix and later his wife, Amelia. Once the pigs grew too large for entertainment purposes, they were given to families along the road. More than 360 piglets were trained during Felix Adler’s career—after his marriage in 1948, all of the piglets were named "Amelia" in her honor.
One of Felix Adler’s funniest performances was unplanned. During a "big bad wolf" act, a pulley broke loose from some of the high tackle and hit Felix, knocking him unconscious. The pigs started climbing all over Felix and making great noise, to the audience’s delight, believing it to be part of the act.
He and his wife, Amelia, were the first American husband and wife clown teams. Felix was also the first clown ever to be seen on television. He also had the honor of performing for three United States Presidents; Warren Harding, Calvin Coolidge, and Franklin D. Roosevelt. He was called the White House Clown. He died in 1960.
He can be seen performing in the movie The Greatest Show on Earth
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PALHACO
UM POUCO DA HISTÓRIA
Os palhaços são conhecidos a aproximadamente quatro mil anos mas, a verdade, é que desde sempre, e através dos tempos, inúmeras pessoas dedicaram-se à arte de fazer rir.
Oriente.
Nas cortes dos imperadores chineses os palhaços adquiriram importante papel, podendo inclusive fazer com que o imperador muda-se de idéia em suas decisões. Por mais de mil anos, em várias partes do Oriente (como Malásia, Burma e o Sudeste da Ásia) os palhaços apareciam em teatros, mesmo em representações religiosas; eram conhecidos como “Lubyet” (homens frívolos), e atuavam como desastrosos assistentes dos personagens príncipes e princesas.
Na Malásia se chamavam “P'rang” e usavam horrendas máscaras de bochechas e sobrancelhas enormes, cores carregadas e um grande turbante, criando uma figura pavorosa.
Alguns dos melhores palhaços asiáticos vêm de Bali; os personagens mais populares e que ainda se pode ver são os irmãos Penasar e Kartala. O primeiro aparece sempre preocupado e angustiado, e nunca deixa de comportar-se bem; o segundo não faz nada do jeito certo, senão tudo ao contrário.
Grécia e Roma.
Na antiga Grécia, há mais de 2.000 anos, os palhaços faziam parte das comédias teatrais. Após a apresentação de tragédias sérias, eles davam sua própria versão do fato, onde os heróis apareciam como idiotas. Seu alvo preferido era Hércules, mostrando que suas façanhas aconteciam mais pelo acaso do que intencionalmente.
Também na antiga Roma existiam diversas classes de palhaços; dois deles eram Cicirro, que se caracterizava com uma máscara de cabeça de galo e cacarejava movendo os braços como asas, e Estúpido, com gorro pontiagudo e roupa de retalhos. Os outros atores aparentavam estar enojados e batiam nos dois palhaços causando ainda mais riso entre o público.
Idade Média.
Já no início da Idade Média, com os teatros fechados, artistas perambulavam por toda parte para atuar onde pudessem, para sobreviver, participando de feiras em várias regiões. Na Alemanha e na Escandinávia eram conhecidos como “gleemen”, e na França, “jongleurs”. Contavam contos, cantavam baladas, eram músicos, malabaristas, acrobatas e toda sorte de artistas. Em épocas mais festivas, grupos de mímicos apresentavam danças e comédias nessas feiras. Nesses grupos , depois dos bailarinos, os personagens mais importantes eram os palhaços, que levavam uma bola atada por um barbante, com o qual iam batendo nos espectadores, a fim de abrir espaço para a atuação dos mímicos. Com frequência levava uma vassoura para varrer as pessoas do local gritando: "Espaço! Espaço! Preciso de espaço para recitar minhas trovas!". As palhaçadas eram, nessa época, mais importantes do que a própria história que se apresentava.
Foi também na Idade Média que surgiu a figura do bufão, ou “bobo da corte”; alguns eram realmente “bobos”, mas a maior parte era formada por palhaços inteligentes que se faziam de estúpidos para alegrar às pessoas.
Na Alemanha, eram chamados de “alegres conselheiros” pois, em suas agudas observações, incluíam bons conselhos.
Ainda durante a Idade Média os palhaços atuaram nos teatros pouco a pouco “re-abertos”, principalmente em comédias religiosas, representando o “diabo”, os “vícios”, a estupidez e o mal. Muitas vezes o narrador era um palhaço que mantinha a platéia entretida, atenta, e explicava melhor a história. Cada vez mais o papel do palhaço foi se tornando mais importante, ressaltando os contrastes, até que William Shakespeare mostrou que o palhaço podia não só fazer rir, como fazer chorar, e tornar ainda mais dramáticas as cenas trágicas de uma obra, os palhaços passaram a ser tão importantes, nessas representações, quanto os atores sérios de grandes clássicos do teatro.
Commedia dell'Arte.
No século XVI, na Itália, surge a “Comédia de Arte”, com companhias e personagens que se tornaram muito populares.
Cada um vinha de uma região diferente da Itália e tinham características marcantes que os tornavam facilmente reconhecíveis. É o caso do Arlequim, com sua roupa de retalhos; o Pantaleão, veneziano, e de vermelho; Briguela, de branco e verde; Polichinelo, de branco e gorro pontiagudo; o Doutor, de negro e o Capitão, com sotaque espanhol e roupas militares. Esses personagens tinham características muito definidas e seus papéis eram quase sempre os mesmos e se tornaram tão famosos que os atores eram mais conhecidos pelos personagens que interpretavam do que por seus próprios nomes.
Da Itália, a Commedia del'Arte se estendeu por toda a Europa, adaptando-se a cada país, como na Inglaterra, onde, por exemplo, Pulcinella se tornou Mister Punch, personagem conhecido até os dias atuais, ou o Pierrot, transformado em “clown”, sendo que o mais famoso foi Grimaldi, nascido em 1778.
Os primeiros circos.
O circo moderno parece ter surgido a partir de 1766, criado por um jovem sargento, chamado Philip Astley. Primeiro, com atrações equestres e, logo, enriquecendo as performances com artistas mambembes e atrações mais divertidas para mesclar com as exibições de equitação. O palhaço mais importante foi “Mr. Merryman”, que atuava a cavalo.
Com o tempo mais atrações foram sendo incluídas, surge o palhaço “branco”, ou “clown”, vestido ricamente com lantejoulas e gorro pontiagudo, cara branca e pouca maquiagem; o “augusto”, tonto, desajeitado e extravagante; o “toni” e o “excêntrico”, colaborando para que a gargalhada corresse solta.
Vários números de palhaços, conhecidos como “entradas”, se tornaram clássicos, como “O Espelho Quebrado”, “Hamlet”, “A Água”, “A Estátua”, “O Barbeiro de Sevilha”, etc, e podem ser vistos ainda hoje em grandes circos. Outa maneira do palhaço participar dos espetáculos circenses é através das “reprises”, pequenas cenas de palhaços que acontecem enquanto se prepara a parafernália de um novo número (como preparar as jaulas, o trapézio, etc.). No início do século XIX outra participação importante dos palhaços se dava na segunda metade do espetáculo, quando estes apresentavam uma “pantomima” cômica, um pequeno espetáculo de cunho teatral, dentro do espetáculo circense, muitas vezes baseado em clássicos da dramaturgia e da literatura mundial.
O palhaço era, até pouco tempo, o principal personagem de um circo, sendo uma honra ocupar esse papel. Geralmente, os palhaços são habilidosos em alguma arte, muitos são grandes acrobatas, músicos, malabaristas, domadores, bailarinos, piadistas, cantores, etc.
Hoje em dia os palhaços ocupam espaço não só nos circos, estão presentes nas ruas, nos teatros, na televisão, no cinema, em vários e infinitos espaços e, se um dia, descobrirmos vida em outros planetas, descobriremos, também, novas formas de fazer rir, pois, dentro do mais íntimo de todos os mundos, existe, reluzindo o riso, o Mundo do Nariz Vermelho.
BY MUNDOCLOWN.COM.BR
O BOBO DA CORTE
O BOBO DA CORTE
Não é inusitada essa disposição de nossa índole, que nos leva a rir de certas deformidades dos seres humanos? Porém, muitas vezes, o "bobo" da corte servia-se da alegria, que provocava, para zombar dos que se divertiam a sua custa... Com certeza, é isso o que torna mais interessante a figura desempenhada, antigamente, pelos "bobos titulados" pelos reis ou pela massa popular, ou, como costumam dizer, "A Galera". Acobertados por uma manta fantasiosa, até grotesca diriam alguns críticos mais contundentes, tiveram, por inúmeras vezes, o privilegio de dizer verdades ousadas, impensáveis, para um integrante da corte considerado comum. Muitos escritores, aproveitando-se da figura do "bobo", com seus gracejos, pelos seus disparates, pela irreverência, procuraram caracterizar tal personagem; mais chegado ao nosso universo, temos o romance histórico, "O BOBO" do mestre Alexandre Herculano; a seção passa-se no começo da monarquia portuguesa na época em que principiou a luta entre D. Afonso Henriques e sua mãe D. Tereza.
Guardando-se as devidas proporções, talvez o palhaço "clown " de circo, como conhecemos muito bem, seja um continuista do antigo "bobo" da corte, tão engraçado sob sua extravagante pintura no rosto como Triboulet sob suas vestimentas multicoloridas e seu inseparável chapéu onde tilintavam guizos de todos os tamanhos.
A FEIÚRA QUE DIVERTE, DEFORMAÇÃO QUE ZOMBA...
"Que agradável e delicioso oficio, o de "bobo"!
Essa era a exclamação do herói de uma comédia de Alfred de Musset, poeta francês, nascido em Paris em 1810 e morto em 1857. Para se introduzir no palácio do rei da Baviera, um jovem extravagante, Fantasio, teve a a vivacidade de se vestir como o "bobo"da corte, que tinha morrido no dia anterior. Esse truque foi muito bem sucedido:
"Ando de um para outro lado, neste palácio - continua ele - como se sempre o tivesse habitado. Há pouco encontrei o rei, que não teve, sequer, a curiosidade de olhar para mim. Depois da morte de seu "bobo"oficial, haviam-lhe dito: Sir aqui está outro! Não foi preciso mais! Posso fazer o que bem entendo sem que me detenham com a menor observação. Sou um dos animais domésticos do rei da Baviera e, se quiser, enquanto conservar minha bossa e minha cabeleira, poderei viver aqui até minha morte, gozando a vida, sem ter com que me preocupar."
E, aproveitando essa liberdade de ação, Fantasio surpreendeu o segredo do triste noivado da princesa Elsbeth, que, por interesse político, ia se unir a um príncipe feio e imbecil. Nosso herói torna impossível esse casamento com um recurso... de "bobo"; pescando com a ponta de um anzol, a cabeleira postiça do augusto noivo.
Defeito físico, fantasia espiritual, exagero na linguagem e, ás vezes, de conduta, esses são perfis, que caracterizam na História o personagem do "bobo" e lhe dão fisionomia tão desconcertante.
Já entre os antigos, para divertimento da classe mais abastada e poderosa, esses indivíduos pitorescos eram tão procurados que foi necessário instituir, para esse gênero de negócios, um mercado especial; seja sincero, caro leitor! A existência de um mercado de trabalho tão insólito, já tinha passado pela sua cabeça?
Nas horas das refeições, apos as dançarinas, os macacos incríveis e os tocadores de harpa, o "bobo", vindo da Ásia Menor ou da Pérsia, fazia sua entrada ridícula, saudado pelo riso dos convivas. Na considerada Idade Média, não havia um só castelo em que a silhueta caricatural do "bobo"não surgisse entre as rendas e os brocardos. Pasmem! As cortes reais e as cortes feudais lutavam para a posse do "bobo"mais feio, mais deformado e emissários eram enviados aos quatro cantos do mundo conhecido em busca desses fenômenos humanos, para distração dos poderosos.
TRIUNFAL ESTRÉIA
Uma educação esmerada
A melhor maneira de conhecer o que era outrora um "bobo da corte" é estudar a existência do mais famoso deles, o imortal Triboulet que passou á Historia com o titulo:
"BOBO DO REI E REI DOS BOBOS"
Quando o acaso decidiu sobre sua vocação, Triboulet chamava-se muito prosaicamente Nicolau Ferriol e era popularíssimo em Blis, sua cidade natal, por suas inverossímeis fantasias. Um dia em que andava, como de costume, pelas ruas de Blois, dirigindo pilherias a toda a gente e pedindo esmolas, viu passar um fidalgo que o duque de d'Angouleme, futuro rei Franciso I, enviara com uma mensagem ao rei Luiz XII e a Ana da Bretanha. Para obter dele algumas moedas, Ferriol seguiu-o contando-lhe as mais joviais anedotas e como, nem assim o fidalgo lhe desse coisa alguma, inutilizou seu peitilho com um golpe de canivete. Então, os pajens do fidalgo Agarraram-no, Levaram-no para fora da cidade -com receio de que o populacho tomasse sua defesa e tendo-o amarrado a uma arvore, começaram a torturá-lo cruelmente, pregando-lhe as orelhas com pregos, queimando-lhe as plantas dos pés.
Os gritos do infeliz foram tantos, que Luiz XII ouviu-os de seu castelo. Triboulet, libertado afinal, foi, em pessoa, queixar-se ao soberano e relatou seu próprio suplicio em termos tão cômicos que o rei, a conselho do próprio duque d'Agouleme, ofereceu-lhe uma bolsa de outro e o cargo de bobo da corte.
No dia que Triboulet apareceu na corte houve uma gargalhada geral. Aquela fronte baixa e fugidia; aquelas imensas orelhas, essa cabeça redonda balançando-se sobre um pescoço enorme, esse peito cavado e essas costas em forma de montanha, o ventre volumoso, as pernas tortas... A natureza aprimorara a construção daquele verdadeiro monstro para o prazer real. A arte iria completá-lo.
O vestiário de "bobo do rei" compunha-se nesse tempo de um casaco com abas formando ângulos agudos, em pedaços verdes e amarelos e coberto com ornatos de sarja e passamanaria de todas as cores.
Mas isso pareceu banal, para um bobo do valor de Triboulet. Modelaram seu torso ridículo com um justa corpo de seda branco e azul, com as armas da França bordadas a ouro sobre suas costas, a azul sobre as pernas e sobre o barrete pontudo, que ornava sua cabeça. Um cinto dourado tinha uma bainha especial para sua vara de guizos, seu cetro de louco, sua espada de pau e uma bexiga de porco cheia de ar - os emblemas de suas alegres funções.
Depois de cobrir esse vestuário de guizos de todos os tamanhos, confiaram Triboulet a Michel Le Vernoy, "mestre de bufonaria" - que devia completar sua educação ensinando-lhe mil artimanhas, acrobacias, pilherias, canções e saltos, por que um dos melhores meios de fazer rir era então a "cabriola", o salto.
Os livros dos meus colegas contadores, desse tempo, registravam que esses artistas, na realidade, levavam isso muito a serio. Hainselin Coq, o bobo do rei Carlos VI, usou no ano de 1404 quarenta e sete pares de caçado e o bufo da rainha Izabel da Baviera, usou em seis meses, nada mais, nada menos , que, 103 pares.
Onde a "bobice"dá lições á sabedoria
Sob a proteção de suas "funções", o bobo tudo podia permitir-se. É feio, grotesco; nasceu para fazer rir; tem o direito de ser insolente. Sua deformidade protege-o.
Uma vez, Triboulet passava em companhia d um fidalgo por uma ponte desprovida de parapeito e aproveitando-se de uma distração do fidalgo atirou-o ao rio. A vitima dessa pilheria de mau gosto prometeu arrancar-lhe o couro cabeludo. Triboulet corre a se colocar sob a proteção de Francisco I, que lhe disse:
- Nada temas. Se ele ou qualquer outro te fizer mal, um quarto de hora depois estará enforcado.
Oh!... real senhor... Faça-me o favor completo. Mande enforcá-lo um quarto de hora antes de me fazer mal.
Ás vezes os bobos se utilizavam de suas imunidades para dar aos soberanos opiniões e conselhos oportunos. Francisco I concedera a Carlos V permissão para atravessar a França com uma expedição para ir castigar os sublevados de Gand. Imediatamente Triboulet declarou que ia organizar a lista dos maiores loucos da Europa e começou por inscrever o nome de Carlos V,
Francisco I sorriu e disse:
- E que dirás se eu o deixar atravessar todo o meu reino, sem fazer a menor tentativa contra ele?
- Nesse caso apagarei o nome de Carlos V e escreverei o seu.
*
Um dos sucessores de Triboulet, o famoso Chicot, bobo do rei Henrique III, fez um dia em plena corte esta oração.
- Meu Deus! Livrai-vos de cair nas mãos da Liga Catolica. Ela vos mandaria enforcar como um gato.
*
Jean Doucet, o bobo de Luiz XIII, deu a seu senhor uma resposta que consubstanciava todo uma critica política. O rei mandara lhe doar vinte escudos de ouro. Ele o pos na bolsa e exclamou:
- Obrigado, meu rei, e fique tranqüilo: São tantos e tais os impostos que seus ministros lançam sobre nós que este dinheiro não tardará a voltar as mãos de Vossa Magestade.
Como os literatos alteram as personalidades históricas
Os escritores românticos não podiam deixar de tomar interesse por personagens anormais e excessivos como os bobos da corte; mas, por um singular anacronismo, emprestam ao bobo seus próprios sentimentos, exatamente aqueles que esses infelizes eram incapazes de experimentar. Imaginaram que os bobos deviam sentir profundamente a humilhação do papel que representavam nas cortes, ter o coração dilacerado e odiar os que não eram como eles, aleijados e ridículos. Fizeram do bobo o ente sobre o qual a fatalidade se encarniça, condenando-o ao riso eterno e á eterna tortura de suportar chacotas e afrontas.
Assim é o Triboulet que Vitor Hugo nos apresenta no Le roi s'amuse -Vide comentário em Rigoletto- .
Por sua vez, Edgard Poe no conto Hop Frog , apresenta-nos um tipo de bobo fremente de ódio e rancor, exercendo sua vingança com impiedosa crueldade.
Mas Hop Frog é uma fantasia da imaginação de Poe. Os verdadeiros bobos, aqueles cujos nomes a historia conservou nada tinham desse humor trágico.
Quase todos se aproveitaram de sua situação para enriquecer. Brusquet obteve de Carlos IV a concessão do serviço do Correio em Paris; - Angely o bobo de Luiz XIV, era dotado de espírito furioso e terrível. Muito temido pelos cortesãos lançava seus sarcasmos de traz da cadeira do rei e fazia pagar caro seu silencio.
Os bobos do povo
Mas o prazer de rir da deformidade alheia não é reservado aos grandes. Como os príncipes o povo também tem seus bobos. Na Idade Media, o bobo popular era uma instituição. Rara era a cidade que não mantinha pelo menos um para divertir seus habitantes. Gringalet, o bobo de Dieppe ficou famoso.
Do teatro de Shakespeare á porta do circo
Favorito dos grandes, querido pelo povo, o bobo não podia deixar de ter lugar nesse gênero de literatura que se dirige a todos - o teatro. É encontrado em todo o tipo de espetáculo, ingênuo ou ardiloso; estúpido ou esperto, mas sempre divertido, sempre fazendo rir. Na comedia espanhola chamam-no el Gracioso, na francesa Jocrisse, na italiana Polichinello, na inglesa clown.
Com esse nome atravessou os mais sombrios dramas de Shakespeare. Quando o rei Lear, traído, desprezado, expulso por suas filhas, lança gritos veementes ao céu cortado pelos relâmpagos e rasga as próprias vestes, o clown observa com fleuma bem inglesa.
"Ora vamos, meu tio, acalma-te... Tu não vai tomar banho com um tempo destes"
Hoje o bobo chama-se palhaço e completou sua educação com acrobacia completa.
O tipo clássico do clown de calças muito largas, rosto pintado, topete de cabelos rijos e linguagem anglizada foi criado por um inglês quase genial que se chamava Billy Hayden. O tipo do Tony, também tão apreciado, nasceu de um caso autentico ocorrido no circo Reuz, que foi um dos mais notáveis da Alemanha.
Um rapaz chamado Augusto, contratado para o serviço da pista, tanto se perturbou e caiu e tropeçou, que, embora estivessem em intervalo, o publico desatou a rir. O empresário correndo para verifica o que provocava tal riso, não havendo artistas no picadeiro, resolveu tirar partido do acaso. No dia seguinte, Augusto, com um vestuário, que logo se tornou clássico, voltou á pista com a missão única de se fingir ainda mais desajeitado do que de fato era.
Little Tich, que obteve grande celebridade, era um tipo especial, interessante sobre tudo por ser anão.
Entre os palhaços regulares, depois de Bily Hayden, o mais ilustre, o inventor de quase todos os truques e pilherias que todos os palhaços repetem pelo mundo foi Dan Leno (ao lado), especialista em caracterizações e incomparável como improvisador.
O palhaço na Opera
Rigoletto. Opera italiana em três atos, letra de Francesco Maria Piave e musica de Verdi - Veneza, 11 de março de 1850, uma segunda feira -
Scena I
Sala magnifica nel palazzo ducale,
con porte nel fondo che mettono ad altre sale,
pure splendidamente illuminate.
Folla di Cavalieri e Dame che passeggiano nelle sale del fondo -
Paggi che vanno e vengono - Nelle sale in fondo si vedrà ballare.
Da una delle sale vengono parlando fra loro il Duca e Borsa.
- Clique em Rigoletto para o texto completo, original, dos três atos
O grande mestre italiano tinha tirado o assunto do Le roi s'amuse, de Victor Hugo, já comentado acima. O libreto foi muito habilmente composto pelo drama do poeta frances. Mas Veneza estava então sob o dominio da Austria e a censura não quiz consentir na representação da obra, cujo titulo era La Laledizione - a Maldição.
Foi então combinado que a personagem do rei seria substituido pela do duque de Mantua; que algumas modificações ligeiras seriam feitas a certas situações, e que enfim a obra teria por titulo Rigoletto, buffone di corti -Rigoletto, bobo da corte- , do qual se fez logo só Rigoletto. A cena passa-se em Mantua e nas suas proximidade, no século XVI. A partitura é uma das obras mais quentes, mais apaixonadas e mais vibrantes de Verdi. É talvez o primeiro ato, o ato do baile, o menos interessante, porque apenas é a exposição da peça. Encontra-se ai todavia uma bonita balada, cantada pelo duque : Que uma bela por alguns instantes... e lindas Arias de dança. Mas, desde o segundo ato, na habitação de Rigoletto e do bandido Sparafucile é de um acento muito dramático, devido sobretudo a uma orquestra especial; e que canta com sua filha Gilda é tocante e cheio de caricia e a paixão com a graça notam-se no de Gilda com o duque; depois a cena do rapto é cheia de colorido. Com o terceiro ato, no palácio do duque, a emoção cresce ainda. A cena de Rigoletto procurando a filha e implorando os cortesãos, que riem da sua dor, é de um patético admirável; a sua inventiva de desprezo aqueles: Cortesãos, raça vil e danada, é soberba de furor altivo; e enfim, quando Gilda, saindo do quarto do duque, vem cair nos seus braços, e seu dueto, umas vezes tocante, outras enérgico, é uma das paginas mais comoventes da musica dramática. Enfim, para concluir, o ultimo ato apresenta, depois da deliciosa canção do duque: Como a pena ao vento, tão cheia de graça e de abandono, o celebre quarteto, que é antes, como o exigia a situação, uma espécie de dueto duplo, onde os sentimentos diversos das quatro personagens estão traçados com mão de
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SHAKESPEARE
SEMINARIO /CONSTANTIN STANISLAVKI - A CONSTRUCAO DO PERSONAGEM
Seminário / Constantin Stanislavki – A Construção da Personagem
Na introdução realizada por Joshua Logan, ela nos mostra que Stanislavski não é um método para ser copiado, e sim, ele deve ser estudado e analisado nas condições de cada País, cada cultura e esta conclusão não é dela, é do próprio Stanislavski. Ela e Charles Leatherber, dois estudantes norte-americanos que chegaram até ele através de uma bolsa de estudos do Friendship Fund, de Charles R Crane, uma organização que se iniciou com Bretaigne Windust e que tinha por objetivo reproduzir o “Teatro de Arte de Moscou”. Quando Stanislavski descobriu a intenção deles, ele disse: “Vocês devem ficar aqui para observar e não copiar. Os artistas têm de aprender a pensar e sentir por si mesmos, e a descobrir novas formas”. Ele explicou que o método que usaram em 1898, quando fundaram o “Teatro de Arte de Moscou” já havia se modificado várias vezes e que muitos dos seus alunos já haviam rompido e formaram novas Cias. Eles ficavam observando um ensaio de uma ópera, “O Galo de Ouro”, verificaram como Stansilavski executou um trabalho árduo para com que o cantor executasse o canto sem exageros de gestos, para que o cantor representasse com verdade. Depois Stanislavski explicou-lhes que a pior coisa que temos de combater nos cantores são os professores de canto que, ensinam gestos horríveis, que os cantores não podem obter um certo tom se não estiverem de pé. Durante os meses que estiveram em Moscou com Stanislavski, assistiram também à várias montagens no Teatro de Arte de Moscou. Ao despedirem- se de Stanislavski, ele lhes deu uma foto a cada um e na foto de Joshua Logan ele escreveu: “Antes ame a arte em você do que você na arte.” E vamos ao que interessa.
Capítulo I Nesta aula, Stanislavski pediu para Tórtsov, diretor da escola e teatro, algumas demonstrações de caracterizações externas. Ele explicou que sem uma forma externa de caracterização, para o público fica difícil a visualização e o traçado interior do papel que está sendo realizado. Depois de alguns exemplos de truques externos, verificamos que a sua personalidade estava oculta, mas Tórtsov não havia realizado nenhuma adaptação interior. Mas, como encontrar o truque certo? Isto é coisa que se aprende na vida, nos livros ou estudando anatomia. Tórtsov explicou que cada indivíduo desenvolve uma caracterização exterior a partir de si mesmo e de outros; tirando da vida, real ou imaginária conforme sua intuição e observando a si mesmo e aos outros, tirando-a da sua própria vida, experiência da vida ou da de seus amigos, de quadros, gravuras, desenhos, livros etc...
Capítulo II – Vestir a personagem - Esta aula tem como discussão, a descoberta do personagem pelo externo caminhando para o interno, e discute também outros detalhes. Todos foram para as salas de figurinos procurar roupas e acessórios para a mascarada que seria realizada 3 dias depois. Os outros alunos escolheram rapidamente mas, o rapaz observador não achava nada. Procurava algo atraente. Depois de algum tempo ele identificou-se com um velho fraque meio esverdeado/amarelado. Mas ele não achava uma personagem para aquela roupa de homem mofado. Ao ir para a casa, ele tentou encontrar a personagem entre fotos velhas em uma loja de artigos de Segunda mão, mas não achou nada. No dia da mascarada, ainda não havia achado o personagem. No camarim todos se preparavam na maior algazarra e isso o irritava, pois ele não conseguia concentrar-se em como seria aquele homem mofado. Já maquiado e com a roupa, ficou sozinho no camarim estava desistindo de apresentar-se ao diretor. Começou a remover a maquilagem quando surgiu com a mistura um tom esverdeado/amarelado no seu rosto. Ele espalhou mais creme pela barba e cabelo. Mudou a cartola de ângulo e entortou as pernas para dentro, de uma forma ridícula. Pegou uma bengala e também solicitou a um serventeque buscasse uma pena de pato para pôr atrás da orelha. Surgia para ele o personagem de um crítico rabugento, destes que têm prazer em achar o defeito dos outros. Kóstia se transformou neste crítico. O diretor Tórtsov viu aquela figura e começou a questioná-lo: - É você Kóstia? ele respondeu com outra voz e com um andar diferente - Sou o crítico! - Que crítico é você? perguntou Tórtsov - Da pessoa com quem vivo! - E quem é? prosseguiu Tórtsov - Kóstia. - E você entrou na pele dele? - Se entrei! - Quem deixou? - Ele. E prosseguiu. O diretor o cumprimentou pelo belíssimo trabalho. Ele voltou para casa realizadíssimo por Ter experimentado a vida de um outro ser. “Enquanto ele tomava banho, lembrou-se de que representando o papel do critico ainda assim não perdia a sensação de que era ele mesmo. Chegou a esta conclusão porque enquanto representava, sentia um prazer imenso em acompanhar a sua transformação. Era o seu próprio observador ao mesmo tempo em que a sua outra parte estava sendo uma criatura crítica, censuradora. Ele levanta uma pergunta.” Mas posso acaso afirmar que essa criatura não faz parte de mim? Derivei-a da minha própria natureza. Dividi-me, por assim dizer , em duas personalidades. Uma, permanecia ator, a outra, era um observador. Por mais estranho que pareça essa dualidade não só não impedia, mas até promovia meu trabalho criador. Estimulava-o e lhe dava ímpeto.
Capítulo III – Personagens e tipos - Neste capítulo, o diretor fez as conclusões sobre a mascarada. De como os jovens atores se prendem com a vaidade para a interpretação, isto é, não existindo a preocupação em ser um personagem diferente, mas sim em brilhar em cena e exibir seus dons de beleza. Ele também fala sobre outros tipos de atores que procuram caminhar para o campo da caracterização, porque não dotados de belezas físicas e então procuram cativar o público por outros meios. Destes tipos de atores, eles acabam seguindo por 2 caminhos e estes exemplos estiveram na mascarada. O primeiro é o dos atores que se deixam levar para a trilha falsa dos clichês e da super atuação. Um dos exemplos dados neste capítulo é como representar um camponês. Ele assoa o nariz sem lenço, anda desajeitadamente, enxuga a boca na ponta do seu gibão de pele de carneiro, etc... Todos estes clichês generalizados são tirados da vida real e transmitem um personagem, mas não são individualizados. De todos os alunos que realizaram a mascarada, somente Kóstia realizou um personagem individualizado. Kóstia explicou que não conseguia discutir com o diretor (encará-lo), como havia feito quando representava, porque na vida real ele tinha uma admiração e respeito pelo diretor. Este foi um dos fatores que mostram como ele viveu o personagem do crítico asqueroso. “Este capítulo pode ser resumido em uma frase que está nele: A Caracterização é a mascara que esconde o indivíduo-Ator. Protegido por ela, pode despir a alma até o último, o masi íntimo detalhe. Este é um importante atributo ou traço da transformação.
Capítulo IV – Tornar expressivo o corpo - Neste Capítulo, Kóstia conta sobre as pequenas tarefas de exercícios do corpo que ajudam o ator. Os exercícios físicos também ajudam no raciocínio, como o diretor explicou quando começaram a Ter aulas de cambalhota com um palhaço de circo. Esta atividade ajuda a desenvolver a qualidade da decisão. “Trecho do livro: Para um acrobata seria desastroso demais ficar devaneando logo antes de
executar um salto mortal ou qualquer outra proeza de arriscar o pescoço! Nesses momentos não há margem de indecisão. Sem parar para refletir, ele tem de entregar-se nas mãos do acaso e da sua própria habilidade. Tem de saltar, haja o que houver.” È exatamente isso que o ator tem de fazer quando chega ao ponto culminante do seu papel. Tem de agir e tem de executar o salto a todo pano. Kóstia fala
Na introdução realizada por Joshua Logan, ela nos mostra que Stanislavski não é um método para ser copiado, e sim, ele deve ser estudado e analisado nas condições de cada País, cada cultura e esta conclusão não é dela, é do próprio Stanislavski. Ela e Charles Leatherber, dois estudantes norte-americanos que chegaram até ele através de uma bolsa de estudos do Friendship Fund, de Charles R Crane, uma organização que se iniciou com Bretaigne Windust e que tinha por objetivo reproduzir o “Teatro de Arte de Moscou”. Quando Stanislavski descobriu a intenção deles, ele disse: “Vocês devem ficar aqui para observar e não copiar. Os artistas têm de aprender a pensar e sentir por si mesmos, e a descobrir novas formas”. Ele explicou que o método que usaram em 1898, quando fundaram o “Teatro de Arte de Moscou” já havia se modificado várias vezes e que muitos dos seus alunos já haviam rompido e formaram novas Cias. Eles ficavam observando um ensaio de uma ópera, “O Galo de Ouro”, verificaram como Stansilavski executou um trabalho árduo para com que o cantor executasse o canto sem exageros de gestos, para que o cantor representasse com verdade. Depois Stanislavski explicou-lhes que a pior coisa que temos de combater nos cantores são os professores de canto que, ensinam gestos horríveis, que os cantores não podem obter um certo tom se não estiverem de pé. Durante os meses que estiveram em Moscou com Stanislavski, assistiram também à várias montagens no Teatro de Arte de Moscou. Ao despedirem- se de Stanislavski, ele lhes deu uma foto a cada um e na foto de Joshua Logan ele escreveu: “Antes ame a arte em você do que você na arte.” E vamos ao que interessa.
Capítulo I Nesta aula, Stanislavski pediu para Tórtsov, diretor da escola e teatro, algumas demonstrações de caracterizações externas. Ele explicou que sem uma forma externa de caracterização, para o público fica difícil a visualização e o traçado interior do papel que está sendo realizado. Depois de alguns exemplos de truques externos, verificamos que a sua personalidade estava oculta, mas Tórtsov não havia realizado nenhuma adaptação interior. Mas, como encontrar o truque certo? Isto é coisa que se aprende na vida, nos livros ou estudando anatomia. Tórtsov explicou que cada indivíduo desenvolve uma caracterização exterior a partir de si mesmo e de outros; tirando da vida, real ou imaginária conforme sua intuição e observando a si mesmo e aos outros, tirando-a da sua própria vida, experiência da vida ou da de seus amigos, de quadros, gravuras, desenhos, livros etc...
Capítulo II – Vestir a personagem - Esta aula tem como discussão, a descoberta do personagem pelo externo caminhando para o interno, e discute também outros detalhes. Todos foram para as salas de figurinos procurar roupas e acessórios para a mascarada que seria realizada 3 dias depois. Os outros alunos escolheram rapidamente mas, o rapaz observador não achava nada. Procurava algo atraente. Depois de algum tempo ele identificou-se com um velho fraque meio esverdeado/amarelado. Mas ele não achava uma personagem para aquela roupa de homem mofado. Ao ir para a casa, ele tentou encontrar a personagem entre fotos velhas em uma loja de artigos de Segunda mão, mas não achou nada. No dia da mascarada, ainda não havia achado o personagem. No camarim todos se preparavam na maior algazarra e isso o irritava, pois ele não conseguia concentrar-se em como seria aquele homem mofado. Já maquiado e com a roupa, ficou sozinho no camarim estava desistindo de apresentar-se ao diretor. Começou a remover a maquilagem quando surgiu com a mistura um tom esverdeado/amarelado no seu rosto. Ele espalhou mais creme pela barba e cabelo. Mudou a cartola de ângulo e entortou as pernas para dentro, de uma forma ridícula. Pegou uma bengala e também solicitou a um serventeque buscasse uma pena de pato para pôr atrás da orelha. Surgia para ele o personagem de um crítico rabugento, destes que têm prazer em achar o defeito dos outros. Kóstia se transformou neste crítico. O diretor Tórtsov viu aquela figura e começou a questioná-lo: - É você Kóstia? ele respondeu com outra voz e com um andar diferente - Sou o crítico! - Que crítico é você? perguntou Tórtsov - Da pessoa com quem vivo! - E quem é? prosseguiu Tórtsov - Kóstia. - E você entrou na pele dele? - Se entrei! - Quem deixou? - Ele. E prosseguiu. O diretor o cumprimentou pelo belíssimo trabalho. Ele voltou para casa realizadíssimo por Ter experimentado a vida de um outro ser. “Enquanto ele tomava banho, lembrou-se de que representando o papel do critico ainda assim não perdia a sensação de que era ele mesmo. Chegou a esta conclusão porque enquanto representava, sentia um prazer imenso em acompanhar a sua transformação. Era o seu próprio observador ao mesmo tempo em que a sua outra parte estava sendo uma criatura crítica, censuradora. Ele levanta uma pergunta.” Mas posso acaso afirmar que essa criatura não faz parte de mim? Derivei-a da minha própria natureza. Dividi-me, por assim dizer , em duas personalidades. Uma, permanecia ator, a outra, era um observador. Por mais estranho que pareça essa dualidade não só não impedia, mas até promovia meu trabalho criador. Estimulava-o e lhe dava ímpeto.
Capítulo III – Personagens e tipos - Neste capítulo, o diretor fez as conclusões sobre a mascarada. De como os jovens atores se prendem com a vaidade para a interpretação, isto é, não existindo a preocupação em ser um personagem diferente, mas sim em brilhar em cena e exibir seus dons de beleza. Ele também fala sobre outros tipos de atores que procuram caminhar para o campo da caracterização, porque não dotados de belezas físicas e então procuram cativar o público por outros meios. Destes tipos de atores, eles acabam seguindo por 2 caminhos e estes exemplos estiveram na mascarada. O primeiro é o dos atores que se deixam levar para a trilha falsa dos clichês e da super atuação. Um dos exemplos dados neste capítulo é como representar um camponês. Ele assoa o nariz sem lenço, anda desajeitadamente, enxuga a boca na ponta do seu gibão de pele de carneiro, etc... Todos estes clichês generalizados são tirados da vida real e transmitem um personagem, mas não são individualizados. De todos os alunos que realizaram a mascarada, somente Kóstia realizou um personagem individualizado. Kóstia explicou que não conseguia discutir com o diretor (encará-lo), como havia feito quando representava, porque na vida real ele tinha uma admiração e respeito pelo diretor. Este foi um dos fatores que mostram como ele viveu o personagem do crítico asqueroso. “Este capítulo pode ser resumido em uma frase que está nele: A Caracterização é a mascara que esconde o indivíduo-Ator. Protegido por ela, pode despir a alma até o último, o masi íntimo detalhe. Este é um importante atributo ou traço da transformação.
Capítulo IV – Tornar expressivo o corpo - Neste Capítulo, Kóstia conta sobre as pequenas tarefas de exercícios do corpo que ajudam o ator. Os exercícios físicos também ajudam no raciocínio, como o diretor explicou quando começaram a Ter aulas de cambalhota com um palhaço de circo. Esta atividade ajuda a desenvolver a qualidade da decisão. “Trecho do livro: Para um acrobata seria desastroso demais ficar devaneando logo antes de
executar um salto mortal ou qualquer outra proeza de arriscar o pescoço! Nesses momentos não há margem de indecisão. Sem parar para refletir, ele tem de entregar-se nas mãos do acaso e da sua própria habilidade. Tem de saltar, haja o que houver.” È exatamente isso que o ator tem de fazer quando chega ao ponto culminante do seu papel. Tem de agir e tem de executar o salto a todo pano. Kóstia fala
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CONSTANTIN STANISLAVKI,
CONSTRUCAO,
PERSONAGEM
A PREPARACAO DO ATOR - STANISLAVSKI
Em um dos capítulos do seu livro a preparação do ator, Stanislavski
classifica atuação e as várias formas que um ator pode interpretar.
Para darmos início ele declara que viver
um papel é ser coerente,lógico,sentir e agir de acordo com o papel
proposto. O objetivo principal é criar uma vida interior do espírito
humano e ao mesmo tempo dar expressão em forma de arte.Para chegar a esse objetivo alguns passos tem que ser dados pelo ator:
1) Planejar o papel conscientemente: Estudar tudo o que acontece na vida da personagem (onde ele vive, pensa, o contexto de sua época, etc.)
2) Atuar com veracidade: Agir de acordo como foi estudado.
Existem outras formas incorretas que segundo o autor um ator pode interpretar:
1) Atuação forçada: São momentos isolados de atuação.Segundo Stanislavski acontecem "Grandes vôos".
2) A arte da representação:
Pode ser confundido com a verdadeira representação. O que acontece é
que um ator consegue viver um papel, mas logo se torna uma fase
inicial. Quem está atuando repete a mesma atuação inúmeras vezes
tornando assim uma cópia do real.
3)Atuação mecânica: Não há lugar para processos naturais e vivos. Quem atua desse modo se baseia em clichês e emoções falsas.
4)Atuação exagerada: Muito
parecida com a mecânica. A grande diferença se identifica que na
mecânica se usa estereótipos elaborados, feitos. Já na exagerada essas
convenções são usadas a esmo, sem nenhum critério.
5) Exploração da arte: Talvez a pior delas. Quem se utiliza disso usa apenas para o próprio benefício e nunca para o bem da arte.
Para se atuar verdadeiramente alguns passos são dados pelo autor:
* Evitar as maneiras incorretas e estudar os fundamentos para viver o papel.
*Não repetir o erro.
*Nunca representar algo que não sentiu intimamente ou que não interessa.
classifica atuação e as várias formas que um ator pode interpretar.
Para darmos início ele declara que viver
um papel é ser coerente,lógico,sentir e agir de acordo com o papel
proposto. O objetivo principal é criar uma vida interior do espírito
humano e ao mesmo tempo dar expressão em forma de arte.Para chegar a esse objetivo alguns passos tem que ser dados pelo ator:
1) Planejar o papel conscientemente: Estudar tudo o que acontece na vida da personagem (onde ele vive, pensa, o contexto de sua época, etc.)
2) Atuar com veracidade: Agir de acordo como foi estudado.
Existem outras formas incorretas que segundo o autor um ator pode interpretar:
1) Atuação forçada: São momentos isolados de atuação.Segundo Stanislavski acontecem "Grandes vôos".
2) A arte da representação:
Pode ser confundido com a verdadeira representação. O que acontece é
que um ator consegue viver um papel, mas logo se torna uma fase
inicial. Quem está atuando repete a mesma atuação inúmeras vezes
tornando assim uma cópia do real.
3)Atuação mecânica: Não há lugar para processos naturais e vivos. Quem atua desse modo se baseia em clichês e emoções falsas.
4)Atuação exagerada: Muito
parecida com a mecânica. A grande diferença se identifica que na
mecânica se usa estereótipos elaborados, feitos. Já na exagerada essas
convenções são usadas a esmo, sem nenhum critério.
5) Exploração da arte: Talvez a pior delas. Quem se utiliza disso usa apenas para o próprio benefício e nunca para o bem da arte.
Para se atuar verdadeiramente alguns passos são dados pelo autor:
* Evitar as maneiras incorretas e estudar os fundamentos para viver o papel.
*Não repetir o erro.
*Nunca representar algo que não sentiu intimamente ou que não interessa.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
WHITE FACE TUTORIAL
VIDEO DE UMA AMERICANA ENSINANDO COMO FAZER O PALHACO COM O ROSTO TODO BRANCO:
VALE A PENA ASSISTIR!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Hv7_01mIlUw
VALE A PENA ASSISTIR!!!
http://www.youtube.com/watch?v=Hv7_01mIlUw
EDIPO REI
Um clássico da literatura ocidental, esta peça de Sófocles é considerada uma das mais perfeitas tragédias da Grécia Antiga. Abaixo apresento um pequeno resumo da peça Édipo rei a vocês.
Édipo é filho de Laios, rei de Tebas que foi amaldiçoado de forma que seu primeiro filho tornar-se-ia seu assassino e desposaria a própria mãe. Tentando escapar da ira dos deuses, Laios manda matar Édipo logo de seu nascimento. No entanto, a vontade do destino foi mais forte e Édipo sobreviveu, salvo por um pastor que entregou-o a Políbio, rei de Corinto.
Já adulto, Édipo descobre sobre a maldição que lhe foi atribuída e para que ela não fosse cumprida, foge de Corinto para Tebas, sem saber que lá sim é que seus pais verdadeiros o esperavam.
No meio da viagem, encontra um bando de mercadores e seu amo, sem saber que seu destino estava já se concretizando, mata a todos.
Assim que chega a Tebas, Édipo livra a cidade da horrenda esfingie e de seus enigmas, recebendo a recompensa: é eleito rei e premiado com a mão da recém-viúva rainha Jocasta.
Anos se passam e Édipo reina como um verdadeiro soberano e tem vários filhos com Jocasta, mas a cidade passa por momentos difíceis e a população pede ajuda ao rei.
Após uma consulta ao oráculo de Delfos, que responde pelo deus Apolo, os tebanos são alertados sobre alguém que provoca a ira dos deuses: o assassino de Laios, que ainda vive na cidade.
Édipo então decide livrar seu reino desse mal e descobrir quem é o assassino, desferindo uma tremenda maldição:
Proíbo que qualquer filho da terra onde me assistem o comando e o trono dê guarida ou conversa ao assassino, seja ele quem for; que o aceite nos cultos e no lar, que divida com ele a água lustral! Eu ordeno, ao contrário, que o enxotem de suas casas, todos, por ser aquilo que nos torna impuros, conforme acaba de nos revelar, por seu oráculo, a fala do deus! (…) E ainda mais: rogo aos céus, solenemente, que o assassino, seja ele quem for, sozinho em sua culpa ou tenha cúmplices, tenha uma vida almadiçoada e má, pela sua maldade, até o fim de seus dias. Quanto a mim, se estiver o criminoso em minha casa, privando comigo, eu espero que sofra as mesmas penas que dei para os demais.
Ele só não esperava que essa maldição iria sobrecair sobre ele próprio, assim que no mesmo dia descobrisse a verdade, através do pastor que o encontrara ainda quando bebê, pendurado em um bosque pelos tornozelos.
Jocasta suicída-se assim que descobre, e Édipo se cega, perfurando os próprios olhos e exilando-se.
Uma peça realmente fantástica, vale a pena ler.
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CEGO,
CULPA,
EDIPO REI,
LITERATURA CLASSICA
MEDEIA DE EURIPEDES CULPADA OU VITIMA?
A Tragédia
Existe um estigma na vida do escritor, profissional ou iniciante, que é o fantasma de uma folha em branco. O que escrever, sobre o que falar.
É este meu primeiro texto então resolvo falar de um clássico: Medéia.
Escrita por Eurípedes, Medéia narra o drama de uma mulher que deixou tudo para trás, sua pátria e família para seguir ao lado de um grande amor, até ser traída por ele.
Jasão, líder dos argonautas, parte para Cólquida em busca do Velocino de ouro, missão que lhe é imposta para que consiga retomar o trono de Iolco. No caminho conhece e se apaixona por Medéia que, embora filha de rei, ela usa seus poderes de feiticeira para ajudar Jasão a vencer os obstáculos impostos por seu pai.
Saem vitoriosos, porém Medéia é traída pelo marido que a abandona para se casar com a filha do rei Creonte.
Injustiçada e furiosa a feiticeira não poupa esforços para vingar-se de Jasão. Mata os filhos que teve com o marido e lança sobre ele terrível maldição…
Eurípedes é um dos trágicos mais conhecidos e estudados. Foi o responsável por levar para a tragédia dramas individuais e cotidianos, e por incorporar nos textos as mudanças que ocorriam no pensamento do homem grego, que buscava justificar suas ações e relativizar valores até então inquestionáveis.
Existe uma excelente tradução de Millôr Fernandes disponível em qualquer livraria e até em bancas de jornais.
Download do livro Medéia e de outros livros grátis
Trata-se de uma tragédia atemporal e de fácil leitura. E, convenhamos, ela, Medéia teve lá suas razões, ao menos naqueles remotos tempos…
FONTE BY WWW.LENDO.ORG
TEATRO - EDEL HOLZ
AS MINHAS AULAS DE TEATRO ESTAO DEMAIS ESTAMOS ESTUDANDO SOBRE A TRAGEDIA GREGA COM A MARAVILHOSA DIRETORA EDEL HOLZ ESTOU AQUI DIVIDINDO UM POUQUINHO DOS MEUS ESTUDOS COM VOCES BJOSSS A TODOS ANDREZA
TRAGEDIA GREGA
O maior legado literário deixado pelos gregos são as tragédias.
Mas o que é tragédia grega? É tipo de drama onde um herói trágico luta contra um fator transcedental que controla o fluxo dos acontecimentos. Tamanha é a força desse fator, que sempre chegamos em um final trágico, onde o herói sofre todas as consequências por tentar controlar o poderoso destino (Fado).
A Tragédia suscita terror e piedade nos leitores, ocasionando a chamada catarse, que é uma espécie de purificação através do sofrimento alheio.
São três os principais autores de tragédias: Sófocles, Ésquilo e Eurípides. Ainda hoje suas obras são consideradas únicas e verdadeiras tragédias, pois possuem todas suas características.
Sobre os demais textos que tentaram reproduzir suas características, como as obras de Racine e Shakespeare, dizemos que apenas têm características do trágico:
Presença de um fator transcedental (destino, deuses, etc.);
Unidade de salvação e aniquilamento: o herói, com a intenção de salvar-se , acaba sendo responsável pelo seu aniquilamento;
Clima de tensão permanente e indícios do final trágico: diferentemente do dramático, não há ambigüidade em relação ao fim, desde o início há a ameaça da catástrofe que acaba sendo inevitável.
Essas características não estão presas a nenhum gênero, elas podem estar presentes em qualquer obra, de qualquer período literário. Então dizemos que, no texto, há presença do trágico.
Os três tragediólogos escreveram muitíssimas tragédias, mas apenas algumas são conhecidas e estudadas ainda hoje.
Consegui, depois de um certo esforço procurando, juntar boa parte delas e abaixo estão disponíveis para download.
Tragédias de Ésquilo, em PDF:
Os Persas
Prometeu Acorrentado
Agamémnon
Eumênides
Coéforas
Tragédias de Eurípedes, em PDF:
Medéia
Antígona
Alceste
Electra
Hipólito
As Bacantes
Ion
Tragédias de Sófocles, em PDF:
Electra
Édipo Rei
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EDIPO REI,
EURIPEDES,
SOFOCLES,
TRAGEDIA GREGA
sábado, 12 de setembro de 2009
ESTAMOS DE VOLTA!!!
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